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domingo, 29 de janeiro de 2012

Um vagão tanque

 
 
Eu tinha dez anos e quando se aproximava o Natal, eu queria um trem elétrico. Os tempos eram de recessão econômica mas, ainda assim, minha mãe e meu pai deram-me um maravilhoso trem elétrico.

Na manhã do Natal fiquei radiante observando meu trem. As horas seguintes dediquei exclusivamente para brincar, observando a locomotiva puxando os vagões para a frente e para trás.

Minha mãe disse que comprara um trenzinho para Mark, o filho da senhora Hansen, uma pobre viúva que morava na rua de baixo. Quando olhei seu trem, percebi que era muito mais simples que o meu mas que tinha um vagão tanque que admirei bastante. Implorei e minha mãe sucumbiu ao meu pedido e me deu o vagão tanque. Eu o coloquei em meu trem e fiquei muito satisfeito com o resultado.

Mais tarde, minha mãe e eu fomos levar os vagões restantes e a locomotiva para o Mark Hansen. O menino era um ou dois anos mais velho do que eu. Ele jamais esperava tal presente. Ficou muito satisfeito e alegre. Com as mãos, ele movimentou a locomotiva, que não era elétrica nem tão cara como a minha, e era pura alegria com a locomotiva e os dois vagões.

Tive uma terrível sensação de culpa quando voltei pra casa. O vagão tanque já não me encantava mais. De repente, peguei o vagão tanque e mais dois vagões de meu trem, corri até a casa de Mark e anunciei orgulhoso
- Nós esquecemos de trazer três vagões que pertencem ao seu trem.

Eu não sei quando uma outra atitude me fará sentir melhor do que essa experiência de um menino de dez anos de idade.
Thomas S. Monson
Uma lição de meu pai...


 
 
Cada um dos sete filhos trabalhou na loja de nosso pai, nossa própria loja de departamentos. No inicio fazíamos pequenos trabalhos como varrer o chão, arrumar as prateleiras e fazer embrulhos, e mais tarde, quando tínhamos experiência, atendíamos aos clientes. Trabalhando e prestando atenção, nós aprendemos que trabalhar era mais do que sobreviver e vender.

Uma lição ficou gravada em minha mente. Era próximo do natal. Eu estava na oitava série e trabalhava à noite, ajeitando a seção de brinquedos. Um pequeno garoto, com uns cinco ou seis anos, entrou.
Ele vestia um desgastado e sujo casaco marrom.

O cabelo despenteado.
O tênis rasgado e desamarrado. O garoto me pareceu muito pobre - demasiado pobre para ter dinheiro para comprar qualquer coisa. Olhou em torno da seção de brinquedos, pegava um brinquedo, olhava atentamente e devolvia com cuidado ao seu lugar.

Papai desceu as escadas e caminhou até o menino. Seus olhos azuis sorriam e a covinha no rosto sobressaía quando perguntou ao menino o que poderia fazer por ele. O menino disse que procurava um presente de natal para dar à seu irmão.
Me impressionou como papai o tratou com o mesmo respeito com que tratava a todos os clientes. Papai lhe disse para ficar à vontade e procurar com calma.

Aproximadamente 20 minutos depois, o menino escolheu um brinquedo, foi até meu pai e perguntou,
- Senhor, quanto custa este?
- Quanto você tem? Meu pai perguntou.
O menino enfiou a mão no bolso e retirou algumas moedas.
- 27 centavos.
O preço do brinquedo escolhido era R$ 3,98.
- Mas que sorte! É exatamente o quanto custa! Meu pai lhe disse e fechou a venda.

A resposta de papai ainda soa em meus ouvidos. Eu pensava nisto enquanto embrulhava o presente. Quando o menino saía da loja, eu já não observava a roupa suja e desgastada, o cabelo despenteado, ou o tênis rasgado e desamarrado. O que eu via era uma criança radiante levando um tesouro.
Autor:Desconhecido

sábado, 28 de janeiro de 2012

  O Último Dia

"Aquele era seu último dia de vida, mas ele ainda não sabia disso."

Naquela manhã, sentiu vontade de dormir um pouco mais. Estava cansado, tinha deitado muito tarde e não havia dormido bem. Mas logo abandonou a idéia de ficar um pouco mais na cama, e levantou-se, pensando nas muitas coisas que precisava fazer na empresa.


Lavou o rosto e fez a barba correndo, automaticamente. Não prestou atenção no rosto cansado e nem nas olheiras escuras, resultado de noites mal dormidas.


Engoliu o café e saiu resmungando baixinho um "bom dia", sem muita convicção. Desprezou os lábios da esposa, que se ofereciam para um beijo de despedida. Não entendia porque ela se queixava tanto da ausência dele e vivia pedindo mais tempo para ficarem juntos.


Ele estava conseguindo manter o elevado padrão de vida da família, não estava? Isso não bastava?


Entrou no carro e saiu. Pegou o telefone celular e ligou para sua filha. Sorriu quando soube que o netinho havia dado os primeiros passos. Ficou sério quando a filha lembrou-o de que há tempos ele não aparecia para ver o neto e o convidou para almoçar.


Ele relutou bastante: sabia que iria gostar muito de estar com o neto. Mas não podia, naquele dia, sair da empresa. Quem sabe no próximo final de semana?


Chegou à empresa e mal cumprimentou as pessoas. A agenda estava lotada, e era muito importante começar logo a atender seus compromissos, pois tinha plena convicção de que pessoas de valor não desperdiçam seu tempo com conversa fiada.


Na hora do almoço, pediu à secretária para trazer um sanduíche e um refrigerante diet. O colesterol estava alto, precisava fazer um check-up, mas isso ficaria para o mês seguinte.


Começou a comer enquanto lia alguns papéis que usaria na reunião da tarde. Nem observou que tipo de lanche estava mastigando.


Enquanto relacionava os telefonemas que deveria dar, sentiu um pouco de tontura, a vista embaçou. Lembrou-se do médico advertindo-o, alguns dias antes, quando tivera os mesmos sintomas, de que estava na hora de fazer um check-up.


Mas ele logo concluiu que era um mal estar passageiro, que seria resolvido com um café forte, sem açúcar.


Terminado o "almoço", escovou os dentes e voltou ao trabalho. "a vida continua", pensou. Mais papéis para ler, mais decisões a tomar, mais compromissos a cumprir.


Saiu para uma reunião já meio atrasado. Não esperou o elevador. Desceu as escadas pulando os degraus de dois em dois. Entrou no carro, deu a partida e, quando ia engatar a marcha, sentiu de novo o mal estar e agora com uma dor forte no peito.


O ar começou a faltar... A dor foi aumentando... O carro desapareceu... Os outros carros também... Os pilares, as paredes, a porta, a claridade da rua, as luzes do teto, tudo foi sumindo diante de seus olhos, ao mesmo tempo que surgiam cenas de um filme que ele conhecia bem.


A esposa, o netinho, a filha e, uma após outra, todas as pessoas de que mais gostava.


Por que mesmo não tinha ido almoçar com a filha e o neto? O que a esposa tinha dito à porta de casa quando ele estava saindo, hoje de manhã?


A dor no peito persistia, mas agora outra dor começava a perturbá-lo: a do arrependimento.


Ele não conseguia distinguir qual era a mais forte: a da coronária entupida ou a de sua alma rasgando.


Escutou o barulho de alguma coisa quebrando dentro de seu coração, e de seus olhos escorreram lágrimas silenciosas...


Queria viver, queria ter mais uma chance, queria voltar para casa e beijar a esposa, abraçar a filha, brincar com o neto...


Queria... Queria... Mas não havia mais tempo...

Rivalcir 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012


Reincidências

Quantas vezes já incorremos no mesmo erro?
Qual? A falta de fé...
Esta fé que nos dá forças, que nos dá coragem, que nos dá alento para
que caminhemos tranqüilos, confiantes, nos falta...
Ao menor sinal de contrariedade, de adversidade, ela falta...
Dizemo-nos cristãos, afirmamos confiar numa força maior que rege nossas vidas, mas somente enquanto nenhum "mal" surge em nosso caminhar.
E, como todos nós, aqui estamos para cumprir mais uma etapa de aprendizado, é natural que nos deparemos com problemas e preocupações.
Pois, se eles não existissem em nossas vidas, como poderíamos aprender?
Tiraríamos lições do quê ou de quem? Aprenderíamos através do conhecimento dos outros?
Mas, falta-nos fé! Este sentimento tão grande, expresso em uma palavra tão pequenina.
Sei que alguns estarão pensando: "mas eu tenho fé". Têm certeza? Não teriam, isto sim, esperança? Sim, filhos, esperança. Pois nunca acreditamos realmente que os percalços existentes em nossas vidas, existem para nossa própria melhoria. Nunca temos fé de que isso é para o
nosso próprio bem.
Sempre temos "esperança" de que as coisas irão melhorar. Mas fé... Ah! filhos, como estamos longe disso...
É preciso que modifiquemos nossos atos, nossa maneira de ser, pois grande parte de tudo o que nos acontece, é por nossa própria culpa. Nos enredamos em confusões por querermos, cada vez mais, acumular bens
materiais.
Filhos, filhos... Contentem-se com o necessário para a sua sobrevivência. Não permitam que a cobiça e o orgulho os comandem.
Aceitem o que surgir em suas vidas, como lições... Como um remédio necessário para a cura das doenças da alma.
Creiam que, a cada pequeno dissabor, a cada pequeno desgosto que acham ocorrer em suas vidas, Deus está ao seu lado. Procurem enxergar esses problemas como lições, como aprendizados. Tenham fé. Sim, fé. Não
reincidam no erro de acharem-se abandonados por Deus. Ele olha para cada filho seu, com muito carinho. Às vezes, existe a reprimenda, mas lembrem-se: sempre é para o seu próprio bem.
Que a fé, a verdadeira fé, cresça no coração de cada um, dando-lhes força, dando-lhes alento, colocando-os no caminho da luz para que possam cursar e aproveitar cada lição ministrada nesta escola chamada Terra.
Fiquem em paz.

Autor:Desconhecido
Amar

Para meus amigos que estão...SOLTEIROS.


O amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá. Mas quando menos esperar, ela estará ali do seu lado. O amor pode te fazer feliz, mas às vezes também pode te ferir. Mas o amor será especial apenas quando você tiver o objetivo de se dar somente a um alguém que seja realmente valioso. Por isso, aproveite o tempo livre para escolher.

Para meus amigos NÃO SOLTEIROS.


Amor não é se envolver com a "pessoa perfeita", aquela dos nossos sonhos. Não existem príncipes nem princesas. Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos. O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.

Para meus amigos que gostam de...PAQUERAR. 


Nunca diga "te amo" se não te interessa. Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem. Nunca toque numa vida, se não pretende romper um coração. Nunca olhe nos olhos de alguém, se não quiser vê-lo se derramar em lágrimas por causa de ti. A coisa mais cruel que alguém pode fazer é permitir que alguém se apaixone por você, quando você não pretende fazer o mesmo...

Para meus amigos...CASADOS. 


O amor não te faz dizer "a culpa é", mas te faz dizer "me perdoe". Compreender o outro, tentar sentir a diferença, se colocar no seu lugar. Diz o ditado que um casal feliz é aquele feito de dois bons perdoadores. A verdadeira medida de compatibilidade não são os anos que passaram juntos, mas sim o quanto nesses anos, vocês foram bons um para o outro.

Para meus amigos que têm um CORAÇÃO PARTIDO. 


Um coração assim dura o tempo que você deseje que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir. Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre. Permita-se rir e conhecer outros corações. Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar a própria vida. A dor de um coração partido, é inevitável, mas o sofrimento é opcional. E lembre-se: é melhor ver alguém que você ama feliz com outra pessoa, do que vê-la infeliz ao seu lado.

Para meus amigos que são...INOCENTES. 


Ela(e) se apaixonou por ti, e você não teve culpa, é verdade. Mas pense que poderia ter acontecido com você. Seja sincero, mas não seja duro; não alimente esperanças, mas não seja crítico; você não precisa ser namorado(a), mas pode descobrir que ela(e) é uma ótima pessoa, e pode vir a se tornar uma(um) grande amiga(o).

Para meus amigos que têm MEDO DE TERMINAR. 


Às vezes é duro terminar com alguém, e isso dói em você. Mas dói muito mais quando alguém rompe contigo, não é verdade? Mas o amor também dói muito quando ele não sabe o que você sente. Não engane tal pessoa, não seja grosso(a) e rude esperando que ela(e) adivinhe o que você quer. Não a(o) force terminar contigo, pois a melhor forma de ser respeitado é respeitar. E a melhor forma de respeitá-la(o) é sendo verdadeiro(a) e sincero(a).
Rivalcir 
O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos.

Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas menos tempo; temos mais graus acadêmicos, mas menos senso; mais conhecimento e menos poder de julgamento; mais proficiência, porém mais problemas; mais medicina, mas menos saúde.

Dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e rezamos raramente.

Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e guardamos mágoas frequentemente

Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida. Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida à extensão de nossos anos.

Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho. Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior.

Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar, mas poluimos a alma. Dividimos o átomo, mas não nossos preconceitos. Escrevemos mais, mas aprendemos menos.

Planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência. Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral. Temos mais comida, mas menos apaziguamento.

Construímos mais computadores para armazenar mais informações para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação. Tivemos avanços na quantidade, mas não em qualidade.

Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. Estes são tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra nos lares; temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição.

São dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; de residências mais belas, mas lares quebrados. São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também descartável, "ficadas" de uma só noite, corpos acima do peso, e pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.

É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo em que a tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer alguma diferença, ou simplesmente apertar a tecla DEL.
Viver aprender e amar


 

Nós sempre estamos em constantes duvidas, sobre o que vamos fazer, como  fazer, e quando fazer. Isso é uma das coisas que mais nos faz mudar de humor,  de pensamentos, atitudes, e comportamentos diante da vida e das pessoas. É  um aprendizado constante, em que vamos nos moldando, e cabe a cada um de  nós, ser coerente com nossos confrontos diários em nossos relacionamentos.

Amar as pessoas não como nos queiramos que elas sejam, mas sim, como elas  são, as pessoas mudam por vontade própria ao se espelhar no outro, para o bem
ou mal. Cabe a nós compreendê-lo diante das situações e do momento em que  estão vivendo. Um olhar carinhoso, uma atenção as vezes com coisas  aparentemente sem importância para nós, mas que para o nosso amigo, irmão,  colega faz uma grande diferença.

Ai, é que reside a amizade, o coração amigo a solidariedade e o nosso desejo de  participar, ajudar, colaborar em todos os sentidos. É dessa união, dessas nossas  atitudes que gera-se a paz, o amor a compreensão e principalmente a força da  união, entre aqueles que querem ser felizes e estar próximo daqueles que  amamos, e nos dão alegrias com a sua presença.

É desse calor humano, que nos  humanizamos para sermos o exemplo das futuras gerações que pleiteiam a paz  dentro si, como combustível que nos faz filhos de um Deus que existe dentro de  cada um de nós, e que só precisamos ouvi-lo, e entender os seus desígnios e  qual é a nossa missão aqui nessa passagem.

Quando isso se revela dentro de nós, sentimos a alegria da felicidade que vai nos  acompanhar ao longo da nossa caminhada. Tudo que precisamos existe, esta  dentro de nós, basta apenas irmos ao encontro do nosso eu interior. A vida é  maravilhosa, cheia de mistérios, aproveite e viva, ela é muito breve.

Ansiedade:


As mãos suam, o corpo treme, a respiração fica ofegante, uma sensação de náusea e aquela palpitação inegável no coração.

Todos estes são sinais de um dos males modernos:
a ansiedade.

A vida, nos dias de hoje, é repleta de cobranças: no trabalho, na família, nas relações sociais.

A cada dia estamos mais cheios de tarefas, compromissos, pendências. Uma lista enorme de coisas a fazer. E nem sempre o tempo é suficiente.

Vem então à sensação desagradável de ter de fazer mais coisas do que damos conta.

É comum ouvirmos as pessoas se queixando:
"Tenho tanto a fazer e gostaria apenas de dormir.De ficar com minha família, de assistir a um bom filme, de brincar com meus animais de estimação..."

Por outro lado, as exigências da vida moderna nos obrigam a fazer cursos, aperfeiçoar os conhecimentos.
É a era da informação.

Como conciliar tudo isso com o natural desejo de se instruir, melhorar de vida, aproveitar oportunidades, evoluir?

O caminho do equilíbrio é a solução.

É natural desejar o progresso e o aperfeiçoamento, tanto nos campos ético-moral, como intelectual.

É da natureza humana estar em permanente aprendizado, adquirindo conhecimento e agregando valor à sua bagagem cultural.

Mas o grande problema de nossos dias é a ausência de limites. Estamos cada vez mais comandados pelas pressões externas, subjugados pelas imposições dos diversos grupos sociais.

Raras vezes pensamos por nós. Não costumamos refletir sobre o que realmente nos interessa.

Em geral, tomamos decisões sob extrema pressão. Resultado: desejamos fazer de tudo um pouco. Queremos ler tudo, não desejamos a pecha de desinformado.

E a conseqüência imediata é o stress.
O corpo não suporta tanta pressão: adoece.

Nossa reação a esse mundo globalizado deveria ser serena:
"Vou aprender o que puder, quando puder e no meu ritmo, sem forçar minha natureza.

Vou trabalhar no limite de minhas forças, fazendo o melhor que puder, mas sem a obrigação de provar coisas a chefes e colegas de trabalho."

A tradução disso tudo? Estar no comando da própria vida.

Uma frase de Jesus é bastante significativa para os nossos dias: "Não vos preocupeis com o que haveis de comer ou de beber. Não é o corpo mais que a veste?"

* * *

Se você acredita em Deus,
tenha em mente que você jamais estará desamparado.

Todas as coisas estarão bem se você estiver em paz. Pois a paz vai gerar saúde do corpo. Com isso, você poderá trabalhar, sustentar a família, adquirir os bens que deseja.

Apenas seja cauteloso: não se deixe envolver a tal ponto no turbilhão do mundo, de maneira que o mundo o arraste para o olho desse furacão de stress.

Vigie suas reações. Monitore seus planos de vida. Pergunte-se: "Para que, realmente, quero isso?"

Faça a diferença entre o supérfluo e o necessário e verifique se a sua opção não está contaminada pelos excessos.

No final, você verá que, em um processo inteiramente natural, a ansiedade irá, aos poucos, desaparecer.

Velho Sábio

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012


Faz de Conta 


Recentemente uma professora, que veio da Polônia para o Brasil ainda muito jovem, proferia uma palestra e com muita lucidez trazia pontos importantes para reflexão dos ouvintes.

"Já vivi o bastante para presenciar três períodos distintos no comportamento das pessoas", dizia ela.

"O primeiro momento eu vivi na infância, quando aprendi de meus pais que era preciso ser.
Ser honesta, ser educada, ser digna,
ser respeitosa, ser amiga, ser leal."

"Algumas décadas mais tarde, fui testemunha
da fase do ter. Era preciso ter."

"Ter boa aparência, ter dinheiro, ter status,
ter coisas, ter e ter..."

"Na atualidade, estou presenciando
a fase do faz de conta."

Analisando sob esse ponto de vista, chegaremos à conclusão que a professora tem razão.
Hoje, as pessoas fazem de conta e está tudo bem.

Pais fazem de conta que educam,
professores fazem de conta que ensinam,
alunos fazem de conta que aprendem.

Profissionais fazem de conta que são competentes, governantes fazem de conta que se
preocupam com o povo e o povo
faz de conta que acredita.

Pessoas fazem de conta que são honestas, líderes religiosos se passam por representantes de Deus, e fiéis fazem de conta que têm fé.

Doentes fazem de conta que têm saúde, criminosos fazem de conta que são dignos e a justiça faz de conta que é imparcial.

Traficantes se passam por cidadãos de bem e consumidores de drogas fazem de conta que não contribuem com esse mercado do crime.

Pais fazem de conta que não sabem que seus filhos usam drogas, que se prostituem, que estão se matando aos poucos, e os filhos fazem de conta que não sabem que os pais sabem.

Corruptos se fazem passar por idealistas e terroristas fazem de conta que são justiceiros...
E a maioria da população faz de conta
que está tudo bem...

Mas uma coisa é certa: não podemos
fazer de conta quando nos olhamos no espelho
da própria consciência.
Podemos até arranjar desculpas para explicar nosso faz de conta, mas não justificamos.

Importante salientar, todavia,
que essa representação no dia-a-dia,
esse faz de conta, causa prejuízos para aqueles
que lançam mão desse tipo de comportamento.

A pessoa que age assim termina confundindo a si mesma e caindo num vazio, pois nem ela
mesma sabe quem é, de fato, e acaba se
traindo em algum momento.

E isso é extremamente cansativo e desgastante.

Raras pessoas são realmente autênticas.
Por isso elas se destacam nos ambientes
em que se movimentam.

São aquelas que não representam, apenas
são o que são, sem fazer de conta.

São profissionais éticos e competentes, amigos leais, pais zelosos na educação dos filhos, políticos honestos, religiosos fiéis aos ensinos que ministram.

São, enfim, pessoas especiais, descomplicadas, de atitudes simples, mas coerentes e, acima de tudo,
fiéis consigo mesmas.
........................
A pessoa que vive de aparências ou finge ser quem não é corre sérios riscos de entrar em depressão.

Isso é perfeitamente compreensível, graças à batalha que trava consigo mesma e o desgaste para manter uma realidade falsa.

Se é fácil enganar os outros, é impossível enganar a própria consciência.
Por todas essas razões, vale a pena ser quem se é, ainda que isso não agrade os outros.
Afinal, não é aos outros que prestaremos contas das nossas ações, e sim à nossa consciência.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Diálogo no céu



 - Marriel...Marriel!
- Sim meu Senhor, aqui estou.

- Marriel, quero o relatório de sua visita a casa daquela pessoa que tanto tem clamado por ajuda e que você foi encarregado de auxiliar.
- Bom, meu Senhor, conforme seu pedido, dirigi-me para a casa da pessoa com mais 4 querubins escolhidos a dedo para sondarmos a real situação da pessoa. Na primeira semana observamos seus atos, pensamentos e atitudes e pudemos notar que é uma pessoa muito religiosa, mas cuja fé, ainda é mais ligada a conceitos do que a fé racional e verdadeira. Pela casa encontramos uma mistura de imagens de santos, com incensos, pedras, cristais, velas, e uma salada completa de religiões e doutrinas, fazendo com que a pessoa nem saiba para quem pedir...

- Hum...continue...
- Bom, a situação mais grave é a financeira, devido ao descontrole nos gastos e excesso de cartões e talões de cheque, nosso "protegido" passou a gastar além dos seus limites e em pouco tempo, transformou a sua vida em um tormento de cobradores e ligações sem fim, e para piorar, não nos ouve nem cutucando, nem em sonho e muito menos acordado.

- Por que você diz isso?
- Porque chegamos bem na hora em que ele estava se dirigindo a um agiota que iria fazer um empréstimo a juros extorsivos. Acredita que ele foi ao local e durante o trajeto orava para que tudo desse certo?. Olha, nós tentamos de tudo para mostrar a ele o erro que iria cometer, mas aqueles outros "anjos" que o Senhor conhece bem, estavam ao lado dele fazendo sugestões de que tudo iria se resolver, que seria bom, que ele teria paz. Nós dizíamos que seria mais uma dívida, mais uma loucura, que não se paga dívidas com novas dívidas, mas ele nem nos ouvia...

- E então...
- Então, ele conseguiu mais uma dívida. O dinheiro que ele pegou evaporou em segundos, e 3 semanas depois ele já estava desesperado com mais um pagamento para fazer e já pensava em vender o automóvel que mal acabara de pagar. Tentamos de tudo, mostramos no sonho as contas que nosso anjo matemático fez, e mesmo mostrando que a venda dos bens só iria piorar a situação, ele estava mais uma vez, cercado por aqueles "anjos" que o Senhor conhece bem e preferiu ouvir a "voz doce" da ilusão.

- Como ele está agora?
- Mal, muito mal!. Não tem mais carro, nem casa, nem ânimo para trabalhar, nem coragem de se levantar. A cabeça parece um formigueiro de idéias, mas os "anjos" que o Senhor conhece estão colocando uma idéia fixa de que a morte é a solução, que o único caminho é o suicídio, e já preparam um lugarzinho especial para ele, naquele canto de dor que o Senhor conhece bem...

- E vocês? O que estão fazendo?
- Ora Senhor, estamos nos esforçando de todas as maneiras dentro da liberdade que ele possui para decidir o que quer da vida. Ora ele ora para o Senhor e pede ajuda, ora se revolta com o Senhor e chora. Mas, na hora em que chegamos e tentamos falar através da intuição, dos sonhos, dos amigos, e até de mensagens via Internet, afinal de contas, somos anjos modernos, nem assim ele se anima, e sabe por que Senhor?

- Eu sei queridos anjos, Eu sei...
- Pois é Senhor, o Senhor tudo sabe. Sabe bem que o ser humano ainda prefere a ilusão das facilidades, preferem a cama luxuosa ao sono reparador, escolhem a casa pela fachada sem reparar nas energias do local, comparam as pessoas pelo que vestem e não pelo caráter que possuem, e quando a dor os visita, passam a arrumar mil desculpas e dez mil culpados pela situação que eles mesmos criaram. Endurecem o coração, fecham as janelas da vida e as portas do coração. Oram mecanicamente, pedem ajuda, mas se trancam, não reagem, não aceitam a luta.

- Mas, não podemos desistir, sabes bem que "eles" ainda são crianças imaturas, que estão em crescimento...
- Sim, já solicitei reforços. Hoje mesmo estaremos lá com mais de 100 querubins e vamos fazer de tudo para levantar essa alma em conflito. Posso pedir um favor especial?

- Claro, o que seria?
- Aumenta o nosso estoque de paciência e duplique nossa capacidade de amar, porque ajudar os humildes é moleza, mas levantar os orgulhosos e os cegos da alma, é tarefa gigante e precisamos do Teu amor. Que o Senhor nos abençoe.

- Amém.
Rivalcir

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Isto é o que os amigos fazem 
 
 

Jack jogou os papéis sobre minha mesa - suas sobrancelhas traçavam uma linha reta.
- O que há de errado? Perguntei.

Enfiando um dedo na proposta, ele disse,
- Na próxima vez que você quiser mudar alguma coisa, pergunte-me primeiro.

E virou as costas se afastando de mim, me deixando ardendo de raiva.
- Como ousa tratar-me deste jeito, eu pensei.

Eu tinha alterado uma frase e corrigido a gramática, algo que eu pensava que era paga para fazer.

E eu já tinha sido avisada. Outras mulheres que tinham trabalhado no meu lugar antes de mim deram nomes a Jack que eu não posso repetir. Um colega me falou no meu primeiro dia,
- Ele é pessoalmente responsável por duas secretárias terem saído da firma.

Enquanto as semanas passavam, crescia o desprezo de Jack. Suas ações faziam com que eu me questionasse sobre acreditar em "dar a outra face" e "amar seu inimigo". Jack sempre disparava uma insulta à qualquer face que se virasse em sua direção. Orei pela situação, mas para ser honesta, quis colocar Jack em seu lugar, eu não o amava.

Um dia, depois que outro destes episódios me deixou em lágrimas, entrei de assalto em seu escritório, preparada para perder meu emprego se necessário, mas não antes de eu fazer o homem saber como me sentia. Abri a porta e Jack deu uma olhada por cima.
- O que foi? Ele perguntou bruscamente.

Eu sabia o que eu tinha que fazer. Afinal de contas, ele o mereceu.

Sentei-me do outro lado dele e disse tranqüilamente,
- Jack, o jeito que você tem me tratado está errado. Ninguém jamais falou comigo deste jeito. Como profissional, está errado, e eu não posso permitir que continue.

Jack riu nervosamente e jogou as costas contra a cadeira. Fechei meus olhos brevemente, pedindo à Deus que me ajudasse.
- Quero lhe fazer uma promessa. Serei um amigo. Ele disse. Eu lhe tratarei como você merece ser tratada, com respeito e bondade. Merece isso. Todo mundo merece.

Escorreguei para fora da cadeira e fechei a porta atrás de mim.

Jack evitou-me o resto da semana. As propostas, especificações e cartas apareciam em minha mesa enquanto eu estava no almoço e minhas versões corrigidas não foram vistas novamente. Eu trouxe biscoitos ao escritório um dia e deixei um pacote em sua mesa. Outro dia eu deixei um bilhete: "Espero que tenha um grande dia".

Poucos dias depois, Jack reapareceu. Estava reservado, mas não houve outro episódio. Meus colegas de trabalho encurralaram-me na hora do café,
- Acho que você conquistou o Jack, disseram. - Deve ter lhe contado algo de muito bom.

Sacudi minha cabeça.
- Jack e eu tornamo-nos amigos, eu disse. E passei a recusar conversar sobre ele. Cada vez que eu via Jack no corredor, eu sorria para ele. Afinal de contas, é isso o que amigos fazem.

Um ano depois de nossa "conversa", descobri que tinha câncer de mama. Eu tinha trinta e dois anos, era mãe de três crianças jovens e lindas, e estava assustada. As estatísticas não davam boa perspectiva de sobrevivência. Depois de minha cirurgia, amigos e amados me visitaram e tentaram achar as palavras certas. Ninguém sabia o que dizer, e muitos disseram as coisas erradas. Outros choraram, e tentei encorajá-los. Agarrei-me em minha própria esperança.

Um dia, Jack apareceu na entrada do meu pequeno e escuro quarto do hospital. Eu acenei para ele com um sorriso. Ele andou até minha cama e sem nenhuma palavra colocou um embrulho ao meu lado. Dentro do embrulho repousavam vários bulbos.
- Tulipas, ele disse.

Eu dei um sorriso, sem entender.

Ele embaralhou os pés, limpou a garganta e disse,
- Se você os plantar quando voltar para casa, elas nascerão na primavera. E quero que você saiba que eu penso estar lá para vê-los quando brotarem.

Lágrimas cobriram meus olhos.
- Obrigado, cochichei.

Jack segurou a minha mão e respondeu,
- Por nada. Você não pode ver agora, mas na primavera você verá as cores que eu escolhi para você. Acho que você gostará. Virou-se e saiu sem outra palavra.

Há dez anos, eu vejo as tulipas vermelhas com manchas brancas brotando da terra em cada primavera.

Num momento em que eu apenas orava pelas palavras certas, um homem de poucas palavras disse todas as coisas certas.


Afinal de contas, é isso o que amigos fazem.


Tradução de Sergio Barros
A moeda de centavos 
 

Um dia eu visitei o escritório de um homem de negócios e enquanto falávamos, notei que ele girava constantemente um pequeno peso de papel com uma moeda de dez centavos nele. Curiosa, perguntei-lhe sobre ela.

Ele disse,
- Quando eu estava na faculdade, meu companheiro de quarto e eu estávamos para baixo e com nossa última moeda de dez centavos. Ambos tínhamos bolsa de estudo e éramos os primeiros membros de nossas famílias a conseguir chegar à faculdade, e nossos pais estavam extremamente orgulhosos de nós. Todo mês nos mandavam uma pequena quantia em dinheiro para comprarmos alimento. Era um domingo, final do mês, e tínhamos apenas uma moeda de dez centavos.

Uma pequena pausa... Mais um giro no peso de papel e ele continuou,
- Resolvemos usar a solitária moeda de dez centavos para ligar para casa. Minha mãe atendeu. Pude notar por sua voz que algo estava errado. Ela disse que meu pai tinha estado doente e estava afastado do trabalho, assim não tinham como mandar dinheiro naquele mês. Ela disse, também, que tinha falado com a mãe de meu companheiro e que eles também não podiam levantar nenhum dinheiro. Estavam pesarosos, mas parecia-lhes que teríamos que voltar para casa. Tinham evitado de nos contar sobre as dificuldades, com a esperança de encontrar alguma solução.

- Você ficou muito decepcionado, imagino. Comentei.
- Devastado. Ambos estávamos. Faltava-nos apenas um mês para terminar o ano, e então nós poderíamos arranjar algum trabalho durante as férias para custear nossas despesas. Nossas notas eram excelentes, assim tínhamos garantido a bolsa para o ano seguinte.


- E o que vocês fizeram?
- Quando pendurei o telefone no gancho, nós ouvimos um ruído e moedas de dez centavos começaram a jorrar para fora do telefone. Nós rimos enquanto agarrávamos o dinheiro. Depois discutimos sobre pegar o dinheiro e usá-lo. Ninguém saberia o que aconteceu. Mas então percebemos que não poderíamos fazer isto. Não seria honesto. Você compreende?

- Sim, mas seria difícil devolvê-lo.
- Bem, nós tentamos. Eu liguei para a operadora e contei o que tinha acontecido. Eu disse que repetidas vezes nós colocamos o dinheiro em cima e ele caia para fora do aparelho. O funcionário que me atendeu disse que não sabia o que fazer, mas que falaria com seu supervisor. Quando retornou disse que nós teríamos que ficar com o dinheiro, porque a empresa não estava disposta a mandar um homem à longa distância para recolher apenas alguns dólares.

Ele olhou para mim e riu, mas havia emoção em sua voz.
- Nós ríamos quando voltamos para nosso quarto. Após contar o dinheiro, nós tínhamos $7,20. Decidimos usar o dinheiro para comprar alimento numa loja próxima e procurar trabalho para depois das aulas.

- E vocês encontraram trabalho?
- Sim, enquanto nós pagávamos nossas compras só com moedas de dez centavos, contamos para o gerente da loja sobre o que tinha acontecido. E ele nos ofereceu trabalho para começarmos no dia seguinte. O dinheiro foi suficiente para comprar comida até nosso primeiro pagamento.

- Vocês puderam terminar a faculdade?
- Sim, trabalhamos para aquele homem até formarmos. Meu amigo, hoje, é um grande advogado e eu aqui estou.

- Esta é a moeda original?
- Não, tivemos que usá-la, mas quando recebi meu primeiro pagamento conservei uma moeda de dez centavos, para lembrar-me de onde eu vim. Quando eu conto as bênçãos que já recebi, eu recordo que uma vez em minha vida, uma única moeda de dez centavos era a fina linha entre mim e a pobreza que meus pais enfrentaram a cada dia de suas vidas.

- O funcionário da companhia telefônica não teve a mínima idéia do que aquele dinheiro significou, não é?
- Não. Mas quando formamos, meu companheiro e eu escrevemos uma carta para a companhia perguntando se queriam o dinheiro de volta. O presidente da companhia nos respondeu com uma carta de felicitações e nos disse que nunca sentiu que o dinheiro da companhia tivesse sido tão bem aplicado.

- Você acha que isto foi um simples acaso?
- Penso freqüentemente sobre isto. Gostaria de saber se o telefonista percebeu o medo em minha voz e talvez tenha impedido a máquina de aceitar as moedas. O que sei mesmo é que foi um ato de Deus.

Agitou a cabeça, tocou seu peso de papel como se extraísse força dele e completou,
- Recordarei para sempre daquele momento e da moeda de dez centavos. Eu paguei esta dívida muitas vezes ao longo dos anos. Espero sinceramente ter sido e continuar sendo instrumento de Deus para ajudar outras pessoas tanto quanto uma moeda de dez centavos me ajudou.


Tradução de Sergio Barros
do texto de Patricia S. Laye

terça-feira, 17 de janeiro de 2012


Pão velho


Era um fim de tarde de sábado. Eu estava molhando o jardim da minha  casa, quando vi um menino parado junto  ao portão,  me olhando.  - Dona, tem pão velho? - perguntou ele.
Essa coisa de pedir pão velho sempre me incomodou... Olhei para aquele menino tão nostálgico e perguntei: - Onde Você mora?  - Depois do zoológico.

- Bem longe, hein?  - É... mas eu tenho que pedir as coisas para comer.  - Você está na escola?
- Não. Minha mãe não pode comprar material.
- Seu pai mora com vocês?  - Ele sumiu...

E o papo prosseguiu, até que eu disse: - Vou buscar o pão. Serve pão novo?  - Não precisa, não. A senhora já conversou comigo, isso é suficiente.
Esta resposta caiu em mim como um raio. Tive a sensação de ter absorvido toda a solidão e a falta de amor daquela criança. Tão nova e já sem sonhos, sem brinquedos, sem comida, sem escola e tão necessitada de um papo, de uma conversa amiga.
Quantas lições podemos tirar desta resposta:
"Não precisa, não. A senhora já conversou comigo, isso é suficiente!"
Que poder mágico tem o gesto de falar e ouvir com amor! Os anos se passaram e continuam pedindo “pão velho" na minha casa... E eu dando "pão novo", mas procurando antes compartilhar o pão das pequenas conversas, o pão dos gestos que acolhem e promovem.

Este pão de amor não fica velho, porque é fabricado no coração de quem acredita Naquele que disse: “Eu sou o pão da vida!” Verifique quantas pessoas talvez estejam esperando uma só palavra sua...
Rivalcir 

domingo, 15 de janeiro de 2012

Tudo que desejo a você...



Que Deus cuide de ti com carinho, que te mostre o melhor caminho.
Que ensine a você sobre o amor e que te perdoe quando preciso for.
Que lhe dê asas para voar, e ajude teus sonhos se realizar.
Que ajude nos problemas da vida, que terás enfrentar, sem jamais recuar.
Que te dê muitos anos de vida com saúde, e que você por dentro nunca mude.
Que quando envelhecer tu possas dizer, que tua maior felicidade foi viver.
Que você seja um ser sensível, capaz de chorar sem jamais se envergonhar.
Que perceba que é no sorriso de uma criança, que ainda existe esperança.
Que saiba ouvir um amigo, que o ajude se estiver em perigo.
Que os pais, filhos e irmãos possa sempre amar, sem nunca magoa levar.
Que saibas multiplicar tudo que na vida Deus venha lhe dar.
Que Deus te ensine sobre dignidade, sobre força e fragilidade e sobre amigos verdadeiros.
Que Deus te ensine sobre ter Fé, para crer sempre em JESUS, e que permita aceitar que por pior que seja a tua cruz que estás a carregar, como o peso da que ELE carregou por você, nunca será!!!!!!!

Autor:Desconhecido