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sábado, 12 de março de 2011

 Estililo de Vida

Se você está experimentando o estresse decorrente de uma vida de trabalho
em que não se sente valorizado ou de estudos que parecem não ter resultado
prático e vê nas férias sua salvação, triste ilusão... Férias não curam
gastrite de ninguém. O que você precisa é de uma profunda revolução em sua
vida para criar um estilo de viver com mais sentido.

Para algumas pessoas, inclusive, as férias - e até os fins de semana - se
tornam um novo fardo a carregar. Sentindo-se perdidas fora do ambiente de
trabalho, ficam doentes e debilitadas. Essa é a "síndrome do lazer",
doença do século XXI diagnosticada pela primeira vez no ano passado. Para
a maioria das pessoas, as férias são um sofrimento ou no máximo adiam a
próxima crise existencial.

O fato é que o ser humano não consegue resistir às pressões de uma vida
tão distante da sua essência. Dormir, acordar e trabalhar de forma que não
gratifique o espírito vai destruindo a saúde física e mental das pessoas.
Muitos vivem numa corrida eterna, sem a mínima paz de espírito. Arrastam
seus corpos na esperança de chegar inteiros à próxima parada. Vivem o
tormento do desgaste durante um ano para curtir umas poucas semanas de
descanso. Esses "heróis" comemoram as férias e depois a aposentadoria como
uma vitória. Mas o preço dessa vitória é a infelicidade.

Muitos brasileiros reclamam de insônia. No entanto, não percebem que
trabalham diariamente contrariados, pressionados por objetivos que não os
entusiasmam. É tanta tensão que depois não conseguem dormir. É muita
loucura continuar a viver dessa maneira. O preço está cada vez mais alto.
Alguma providência tem de ser tomada, além dos comprimidos para calar
nossa consciência e sufocar nossa tristeza.

Basta de tanta loucura! Se você busca nas férias uma fonte de descanso ou
prazer, mude: faça dela um retiro espiritual. Dê um tempo para você checar
a sua vida. É preciso entender que a felicidade não é algo que só acontece
quando saímos de férias. Temos que dar um jeito de sermos felizes todos os
dias. Para isso precisamos entender o significado da felicidade.

Normalmente, as pessoas acham que só rico é infeliz. Nos roteiros das
novelas que passam na televisão, somente os ricos e os pobres que querem
ascender economicamente é que sofrem. Na verdade, a infelicidade não
escolhe classe social. O indivíduo é infeliz simplesmente porque não
consegue materializar seus sonhos. E a base da felicidade é exatamente
esta: realização, todos os dias.

E quando você sabe gerenciar bem seu trabalho, ele se transforma numa
fonte de realização. No entanto, a maior parte das pessoas vê o trabalho
como sobrevivência, quando o trabalho tem de ser uma fonte de prazer. É
triste ver tanta gente lutando para sobreviver, assustada com a vida. É
muito pouco para bênção que recebemos.

O mundo moderno nos convida à correria e, em função disso, não temos tempo
de observar a natureza, nossa grande mestra. Quem olha o mar e percebe as
marés, as ondas e os ventos pode verificar como tudo tem seu ciclo. O dia
e a noite, as estações do ano, o sol e a chuva, a vida e a morte. O ser
humano, com sua sede de poder, procura imobilizar a vida e torná-la
certinha, rígida como uma estátua. Mas a vida é dinâmica.

Hoje estou bem, amanhã posso não estar. Em certo momento, a vida está
tranqüila como um vôo de ultraleve e, no momento seguinte, poderá estar
envolta em nuvens de dificuldades. Mais um pouco, as nuvens vão embora e a
claridade volta a iluminar.

A vida flui como as ondas do mar e, como um surfista, precisamos aprender
a aproveitar suas subidas e descidas, mergulhar e retornar à tona,
manter-nos na superfície de acordo com o movimento da água.

Hoje em dia as pessoas orientam suas vidas baseadas em idéias e métodos
que já não têm relação com a própria existência. Solte sua alma, seja
você. Tenha consciência de que, se estiver em paz consigo mesmo, você fará
o que tiver vontade e não porque alguém disse que é bom ou ruim.
Autor: Roberto Shinyashiki

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