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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Agradece

Agradece as mãos que te constróem a existência, 
decorando-a com as tintas da alegria e da esperança, 
mas endereça os teus pensamentos de gratidão 
àquelas outras que te ferem com os espinhos da incompreensão,
ensinando-te a conviver e a servir.

 
Agradece as vozes que te embalam os anseios, 

entretecendo hinos de paz e amor com que te inspiram as melhores realizações, 
no entanto, envia as tuas vibrações de reconhecimento àquelas outras que te exageram essa ou aquela falha, 
induzindo-te a compreender e a perdoar.
 
Agradece aos amigos que te proporcionam mesa farta, 

impulsionando-te a pensar na abastança da Terra, 
mas não recuses respeito àqueles que, 
em algum tempo, 
te sonegaram o pão, 
levando-te a prestigiar a fraternidade e a beneficência.
 
Agradece aos irmãos que te reconhecem a nobreza de sentimentos,
louvando-te o trabalho, entretanto, 

não olvides o apreço que se deve àqueles outros que te menosprezam, 
auxiliando-te a descobrir os tesouros da humildade e da tolerância.
 
Certa feita, um pedaço de carbono sumido no monturo pediu a Deus o
levasse para a superfície da Terra, 

a fim de ser mais útil. 
O Supremo Senhor ouviu-lhe a súplica e determinou
fosse ele detido no subsolo para a devida maturação.
O minério humilde aceitou a resposta e permaneceu na clausura, 

por séculos e séculos, 
suportando a química da natureza com o assalto
constante dos vermes que habitavam o chão.
Chegou, por fim, o tempo em que o Criador mandou arrancá-lo para
atender-lhe aos ideais. 

Instrumentos de perfuração exumaram-no a
golpes desapiedados e o lapidário cortou-lhe o corpo, 

de vários modos,
em minucioso burilamento.
Mas quando o carbono sublimado surgiu, de todo, aos olhos do mundo,
Deus o havia transformado no brilhante, que passou a brilhar, entre os

homens, parecendo uma flor do arco-íris com o fulgor das estrelas.

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